Tendo como referência o exposto acima, imagine agora que você foi contratado (a) por uma instituição do terceiro setor. Parabéns! E foi solicitado a você elaborar um projeto social. Vamos lá! Você vai elaborar o seu primeiro projeto social com base no seguinte roteiro: I) Nome do projeto: (use sua criatividade) II) Público direto: Escolha um (somente um) dos públicos: 1- Criança e adolescente, 2- Idoso, 3- Empreendedorismo Feminino, 4- Refugiados, 5- Pessoas com deficiência.

Na Lei nº. 8.662/93 de regulamentação da profissão do Assistente Social, é definida as atribuições profissionais, nas quais se aplicam também a atuação no terceiro setor, dentre as atribuições consta: “elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social.” Destacamos aqui que saber elaborar e coordenar projetos sociais é de fundamental relevância para atuação profissional no terceiro setor. Projetos sociais tem como premissa atender demandas das expressões da questão social. Entenda-se como projeto um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos, dentro dos limites de orçamento de período e de tempo.

Certo dia, depois de uma noite particularmente violenta, Mariana decidiu que não poderia mais viver daquele jeito. Ela lembrou de uma reportagem que havia lido sobre mulheres que conseguiram sair de relacionamentos abusivos com a ajuda de assistentes sociais e programas de apoio. Essa lembrança foi o impulso que ela precisava. No dia seguinte, com muito medo, mas determinada, Mariana procurou a delegacia da mulher em sua cidade e contou sua história. Foi acolhida por uma assistente social chamada Ana, que a ouviu com empatia e ofereceu suporte imediato. Ana ajudou Mariana a encontrar um abrigo temporário para ela e seus filhos e explicou sobre as medidas protetivas que poderiam ser tomadas contra Roberto.

Em casa, Mariana era vítima de violência doméstica. Seu marido, Roberto, que no início do relacionamento era carinhoso e atencioso, havia se tornado agressivo e controlador com o passar dos anos. O abuso começou de forma sutil, com críticas constantes e tentativas de controlar suas ações e amizades. Com o tempo, as agressões verbais evoluíram para agressões físicas. Mariana sentia-se presa e com medo. Tentou falar com sua família, mas foi desencorajada a "não criar problemas" e a "manter a família unida". As amigas também não percebiam os sinais, pois Mariana escondia bem as marcas físicas e emocionais. Ela também tinha medo de que, se denunciasse Roberto, ele se vingasse de alguma forma, tanto nela quanto nos filhos.

"O Silêncio de Mariana" Mariana era uma mulher de 34 anos, mãe de dois filhos, Lucas de 10 anos e Sofia de 7. Ela vivia em uma cidade pequena e trabalhava como professora em uma escola pública local. Para a comunidade, Mariana era uma mulher forte e dedicada, sempre preocupada com o bem-estar de seus alunos e ativa em atividades comunitárias. No entanto, o que poucos sabiam era que, por trás de sua aparência serena e de seu sorriso caloroso, Mariana vivia um pesadelo diário.

Mais recentemente, a ONU organizou uma assembleia geral em que participaram representantes de quase 200 países para deliberarem e pactuarem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), 17 grandes propostas com 169 metas para mudanças globais em áreas relacionadas ao desenvolvimento social, econômico e ambiental em nível local, nacional e global. Como assistente social – nesse momento em reta final de formação, logo como profissional em atuação – é importante que você conheça os ODS e entenda como seu curso e sua profissão se relacionam com o tema, seus objetivos e metas. Para tanto, esta atividade de estudos busca estimular sua reflexão por meio de duas etapas.

A preocupação com os direitos humanos é tema recorrente em debates de ordem social. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em um mundo com diversos países e populações devastados, a Organização das Nações Unidas (ONU) organizou um grande pacto com a maioria dos países em favor da Declaração Universal dos Direitos Humanos. É perceptível que muito do que se preconizava sobre os direitos humanos ainda carece de efetivação, como destaca o material didático desta disciplina de “Tópicos Especiais”, em que tratamos de violência contra mulheres e a população LGBT+, racismo e xenofobia, intolerância religiosa e bullying, por exemplo.

Ao refletirmos sobre os processos históricos no que tange ao terceiro setor, percebemos que a criação de organizações não governamentais para atender expressões da questão social assumem características específicas, de acordo com a realidade social, política e cultural. Tais organizações são os reflexos das transformações societárias que ocorrem a nível nacional e local. No Brasil, o terceiro setor se expande na década de 1990 no período da reforma administrativa do Estado. A sociedade civil por meio das ONGs buscava soluções para suas demandas sociais, fora da lógica do Estado e do mercado. Para que possamos compreender o Terceiro Setor é necessário nos apropriarmos das definições do terceiro setor.

Diante desse quadro, torna-se necessário encaminhar a família para a política de educação, garantindo o acesso dos filhos à escola, além de contatar serviços de saúde para garantir o acompanhamento pré-natal de Patrícia. Também são convidados a participar de espaços coletivos para discutir as fragilidades do território em que vivem, como a falta de saneamento básico. Essa história evidencia como a questão social e suas múltiplas expressões se manifestam de forma complexa na vida das famílias, demonstrando a importância de abordagens integradas e sensíveis às diferentes dimensões do problema.

Diante dessa realidade, a família decide buscar auxílio no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), onde são inseridos em um grupo de acompanhamento no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). O objetivo é promover reflexões sobre direitos e vulnerabilidades sociais, visando à autonomia familiar. Durante esse processo, enfrentam estigmas e comentários preconceituosos devido à gravidez de Patrícia. Devido à falta de renda, a família recebe auxílio alimentação e é encaminhada para programas de transferência de renda. Durante o acompanhamento pelo CRAS, descobre-se que os filhos, Marcos e Renata, não estão frequentando a escola, mas foram influenciados por más companhias em sua comunidade.

Seu esposo, Luís, de 40 anos, perdeu recentemente seu emprego como operário em uma fábrica local, deixando a família em uma situação de instabilidade financeira. Desde então, Luís tem feito trabalhos temporários para sustentar a família. Todos os dias, ao deitarem-se, o casal compartilha a ansiedade com a chegada do novo membro da família. A situação habitacional da família também é desafiadora, vivendo em uma área com limitações de transporte e problemas de infraestrutura, como falta de saneamento básico, o que dificulta o acesso de Patrícia aos cuidados pré-natais, impedindo-a de realizar exames há mais de dois meses.
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