Leva cerca de 3,5 minutos em água morna para que as pontas dos nossos dedos comecem a se enrugar. Já em temperaturas mais baixas, de cerca de 20 °C, pode levar até 10 minutos. Mas a maioria dos estudos concluiu que são necessários cerca de 30 minutos na água para atingir o enrugamento máximo. Essa impressionante mudança é familiar, mas também desconcertante. Afinal, apenas a pele dos dedos das mãos e dos pés fica enrugada quando imersa na água, enquanto outras partes do corpo, como os antebraços, o tórax, as pernas e o rosto, permanecem com a mesma aparência de antes de serem submersos. Wilder-Smith e seus colegas, em 2003, hipotetizaram que, quando as mãos são imersas na água, os dutos de suor nos nossos dedos se abrem para permitir a entrada de água, o que gera desequilíbrio dos sais da pele. Essa alteração dos sais aciona as fibras nervosas dos dedos, causando a constrição dos vasos sanguíneos em volta dos dutos de suor. Isso, por sua vez, causa perda de volume na região carnosa da ponta do dedo, que puxa para baixo a pele da superfície que então se distorce, criando rugas.

Agora, após nos aprimorarmos destes conceitos, vamos nos colocar em uma situação hipotética que poderá surgir na sua atuação como profissional da saúde. Vamos imaginar que você foi convidado(a) para dar uma palestra sobre orientações de vida saudavel para idosos. Nesta palestra, lhe foi recomendado que sejam abordados alguns assuntos, dentre eles a importância da ingestão de água. Para isso, você deverá elaborar atividades práticas e/ou situações problemas sobre o impacto do desequilíbrio osmótico no organismo idoso (exemplo para reflexão).

Basta ficar mais que alguns minutos mergulhado em uma banheira ou nadando em uma piscina para que os nossos dedos passem por essas transformações dramáticas. Onde antes havia as delicadas espirais da epiderme levemente ondulada, agora temos dobras inchadas de pele feia e enrugada. Costuma-se acreditar que o enrugamento da ponta dos dedos seja uma reação passiva, na qual as camadas superiores da pele incham enquanto a água invade as células, em um processo conhecido como osmose. Nele, as moléculas de água movem-se através de uma membrana para equalizar a concentração das soluções de cada lado.

TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA PLASMÁTICA: OSMOSE Desde criança, estamos sempre expostos a situações relacionadas à biologia celular e bioquímica humana que nunca percebemos. Um exemplo disso é quando ficamos muito tempo com as mãos e pés submersos em água, o que possivelmente já deve ter acontecido com você. Isso acontece, nas extremidades do nosso corpo, devido ao processo de transporte de água através da membrana plasmática de nossas células, a osmose. A osmose é um processo no qual a água é transportada de uma solução menos concentrada em soluto (hipotônica) para uma solução mais concentrada em soluto (hipertônica) pela membrana plasmática, dentro da célula. O processo de osmose envolve aspectos químicos, físicos e biológicos, necessários à sobrevivência dos seres vivos na terra. A movimentação de um lado para o outro que é feita no processo não gasta energia, logo é chamada de transporte passivo.

“Seja na TV, nas redes sociais ou nas revistinhas de dieta, a gente vive ouvindo por aí que carboidrato integral é muito mais saudável do que o refinado, mas você sabe as diferenças entre eles? Basicamente, a principal diferença, e consequentemente a vantagem dos carboidratos integrais em relação aos refinados, está no valor nutritivo, ou seja, na quantidade de vitaminas, minerais e fibras que possuem. O carboidrato refinado é aquele que no processamento industrial sofre transformações em sua estrutura através da retirada de algumas partes dos grãos, como película e germe. Essa alteração acaba fazendo com que o carboidrato perca fibras, vitaminas e minerais. Os grãos integrais permanecem íntegros, sem perdas em suas estruturas, assim preservam os nutrientes contidos” (Vargas, 2022, p. 105).

Uma festa universitária organizada por estudantes dos cursos de agronomia, medicina veterinária, zootecnia, pedagogia, técnico em agronegócio e técnico em alimentos foi o início da quinta maior tragédia da história do país. Quase uma década após os acontecimentos do incêndio da Boate Kiss, o caso voltou a receber atenção da mídia quando o júri que condenou quatro réus pelas 242 mortes foi anulado. Você provavelmente conhece o cianeto das suas aulas de história no colégio. Ele foi o principal gás utilizado pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial para exterminar judeus e outras minorias nas câmaras de gás. Atualmente, a maioria das mortes causadas pela intoxicação por cianeto se dá justamente em incêndios. Uma pessoa saudável pode ir a óbito após apenas um minuto de exposição significativa ao gás. As vítimas da boate Kiss morreram entre 3 e 5 minutos após o incêndio ter começado. O monóxido de carbono gerado pelo fogo associado ao cianeto potencializou ainda mais o efeito do envenenamento. A Boate Kiss, na noite de 27 de janeiro de 2013, transformou-se em uma câmara de gás do século XXI.

Questão 2 Determinantes Sociais de Saúde (DSS) são características importantes que devem ser consideradas para a formulação de políticas públicas de saúde. Na atualidade, a importância de conhecer e valorizar as necessidades de saúde e dos determinantes de saúde de uma comunidade permite a melhoria da qualidade de vida (QV) das pessoas que nela vivem. A Comissão Nacional de Determinantes Sociais de Saúde define DSS como “fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”. 

Questão 1 O modelo preventivista para a abordagem do processo saúde-doença surge devido à crise do capitalismo e à incapacidade dos governos de assumirem os custos da saúde no contexto médico hospitalar. Leavell e Clarck propuseram o Modelo sobre a História Natural da doença, que pressupõe que toda doença tem um percurso natural e que, para cada uma das fases, deve-se adotar um tipo de prevenção. Baseados no modelo de Leavell e Clark, ASSOCIE as fases da história natural da doença com suas respectivas ações sanitárias, que devem ser adotadas como formas de prevenção.

O movimento higienista, até a primeira metade do século XX, concebeu a medicina de ação preventiva como uma disciplina, parte ou setor da higiene. A ideia subjacente à higiene era a de estabelecer normas e hábitos para conservar e aprimorar a saúde individual e coletiva, entendendo a desorganização social como fruto dos processos de adoecimento. Caberia às ações higiênicas atuar sobre os componentes naturais, urbanísticos e institucionais da sociedade, com a disciplina dos corpos e dos comportamentos.
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