A atuação do psicopedagogo hospitalar ultrapassa os limites da aplicação de conteúdos curriculares. Esse
profissional se ocupa de compreender o impacto da doença no processo de aprendizagem, interligando
saúde, escola e família. Diferentemente do pedagogo, que executa atividades de ensino, o psicopedagogo
planeja intervenções, adapta o currículo, dialoga com a equipe multiprofissional e atua como elo entre os
diversos espaços que envolvem o sujeito hospitalizado. Seu trabalho é essencial para a humanização do
cuidado, na medida em que resgata a singularidade do aluno em meio à rotina técnica e fria do hospital.
SEULE, Lucas; LEVA, Sabrina Camargo Silva. Psicopedagogia: teoria e prática no contexto hospitalar.
Maringá: Unicesumar, 2021.
Durante uma visita a uma unidade pediátrica, uma psicopedagoga observa que as atividades pedagógicas
estão sendo conduzidas por uma pedagoga da classe hospitalar, de forma padronizada para todas as
crianças presentes, com base em conteúdos escolares. A psicopedagoga decide propor reuniões com a
equipe multiprofissional e estabelecer contato com as escolas de origem dos pacientes, além de adaptar os
planos conforme o prontuário clínico de cada criança.
Com base nessa conduta, é correto afirmar que a atuação da psicopedagoga:
ALTERNATIVAS
Reforça a hierarquia hospitalar ao priorizar a perspectiva médica e não o currículo escolar.
Está centrada apenas na aprendizagem formal, sem articulação com as condições clínicas das crianças.
Deveria se limitar ao apoio emocional, pois as questões pedagógicas são de responsabilidade do professor.
Extrapola sua função ao interferir no planejamento pedagógico, que cabe exclusivamente à professora hospitalar.
Reflete sua função de mediação entre saúde, escola e família, respeitando as necessidades específicas de cada
paciente.
